Madrid | Cosmopolita, Moderna e Tradicional

Palácio de Cristal - Parque Del Retiro | ©viagensdesaltosaltos

Hoje falamos sobre a terceira cidade maior da Europa: Madrid; que tem, atualmente, cerca de 6,5 milhões de habitantes (só na cidade de Madrid vivem, aproximadamente, 3 milhões).

Foi apenas no ano de 1085 que Madrid recebeu o título de cidade, após se ter tornado parte do Reino de Castela e como conhecer a história de Madrid é entender a sua cultura e tradições começamos pelo símbolo da cidade: um urso a erguer-se sobre uma árvore. A questão é: sabem o seu significado? Bem, para começar o urso é uma ursa e ergue-se sobre um medronheiro (cujas folhas fervidas salvaram a cidade - incluindo o rei Carlos V - de uma praga no início do séc. XVI) e teve a sua origem, em meados do séc. XII, quando o Estado venceu a Igreja numa disputa pela exploração da madeira, da caça e da pastorícia. A ursa ergue-se sobre as suas patas traseiras, demonstra o domínio da Igreja sobre as terras, enquanto que, com as dianteiras, se apoia na árvore que representa a madeira e a caça por parte do Estado. Os dois estão representados sobre um céu azul celeste, claridade célebre da cidade naquela época, com sete estrelas que representam a constelação da Ursa Menor.

E como falar de cultura e tradições sem falar em gastronomia!?

Quem tem vindo a acompanhar-nos desde início, já deve ter percebido que, além de loucas por viagens somos, também, amantes de comida..! E, como não podia deixar de ser, iremos começar por falar da gastronomia na capital espanhola. Toda a Espanha é, literalmente, um prato cheio para quem gosta de provar novos sabores e onde existe um vasto leque de possibilidades para explorar, desde pratos com jamón (muito utilizado na cozinha espanhola), ao bocadillo de calamares (sanduíche de lulas panadas – os melhores estão na Plaza Mayor!), às croquetas (com presunto e queijo, por exemplo) ou ao cocido madrileño.

Este último, cocido madrileño, é um prato pesado, que é feito com carnes (frango, carne bovina e carne de porco – sim, todas juntas), macarrão (fideos), batata, grão de bico e outros vegetais. Pode ser servido como prato único ou em três sub-pratos. Pode ser encontrado em vários restaurantes pela cidade, mas um que se mantém fiel à tradição é servido no Café Chinitas (restaurante e casa de espetáculos, que já teve visita de vários clientes de renome, entre eles a Princesa Diana e o Rei Juan Carlos), a Taberna de La Daniela e a Casa Carola.

Outro prato típico da cidade é o Callos a la Madrileña, nasceu nas tavernas madrilenas mais antigas da cidade e é preparado com tripas, focinho de porco, cebola, tomilho, louro, morcela, chouriço, pedaços de presunto cru e pimenta. É muito servido em bares e restaurantes para acompanhar uma cerveja ou vinho. Diz-se que os melhores sítios para comer este prato é no Laredo e na Casa Paco.

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Não podemos deixar de falar nas tortillas, nas patatas bravas e nos churros com chocolate, servidos por toda a Espanha. Vão bem em qualquer altura e em qualquer cidade espanhola, embora, no caso dos churros, não podem deixar de experimentar os da Chocolatería San Ginés, localizada próximo da Plaza del Sol.

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Para terminar a parte gastronómica, aconselhamos a visitarem dois sítios de paragem obrigatória: a) o Mercado de San Miguel, localizado na Plaza com o mesmo nome, não só por ser um marco importante da cidade, mas também por ter os melhores pinchos que já comemos por terras espanholas(!); b) a Casa Botín (também conhecida por El Sobrino de Botín), fundada em 1725 por Jean Botin e detentora do titulo de restaurante mais antigo do mundo (em funcionamento) dado pelo Guiness Book of Records e onde já pisaram personalidades ilustres como Hemingway, Benito Pérez Galdós e Truman Capote.

Além de amantes da comida, somos adeptas de caminhar, caminhar e caminhar, pois desta forma desgastamos o que comemos (hihihi) e conhecemos muito mais da cidade que visitamos, o que, no caso de Madrid, inclui inúmeros jardins espalhados pela cidade (onde verá pessoas a almoçar, a estudar, a conviver, a apanhar banhos de sol e até a fazer a tão estimada siesta após almoço) e, claro está, o mítico Parque Del Retiro que é dos parques mais bonitos que já visitamos na Europa.

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Para quem não gosta de caminhar, o metro, inaugurado em 1919, é uma boa opção para se deslocar por Madrid (com uma extensão de 294km e mais de 300 estações), embora a cidade também esteja bem servida de autocarros com cerca de 200 linhas. Para quem gosta de pedalar, também poderá encontrar, pela capital espanhola, bicicletas para alugar com mais de 120 estações de carregamento e aluguer das mesmas.

Passando agora à parte turística, Madrid conta com quase 90 museus, portanto, se é amante de arte e adora entrar em tudo quanto é museu, opção de escolha não lhe faltará e ficará ainda mais contente quando lhe dissermos que praticamente todos têm horários/dias da semana em que a entrada é gratuita (!), como é o caso do Museu do Prado, o Templo de Debod, o Museu da História de Madrid, o Museu de Arte Contemporânea, o Palácio Real de Aranjuez e muitos mais!

Aproveitando que falamos de museus, não podemos deixar de vos contar que, o numero 61 da Calle Mayor, bem no coração da cidade, alberga a casa mais estreita da capital, com cerca de 4m de largura, e que foi graças à lenda da literatura espanhola, Pedro Calderón de la Barca, ter vivido e morrido neste antigo edifício que o mesmo não foi demolido.

E quem gostar de literatura, principalmente a espanhola, não pode deixar de passar pelo Bairro de Las Letras onde todas as ruas e ruelas guardam pedaços de história da literatura espanhola e onde será difícil conseguir separar a lenda da realidade.

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Curiosos por mais detalhes sobre a capital espanhola? Em breve partilharemos o nosso roteiro de três dias por Madrid o qual aconselhamos que ponham em prática!